As 10 fotografias mais caras do mundo

Parece ser verdade que uma imagem vale mais que mil palavras. Séculos depois da invenção da câmera escura, a fotografia movimenta fortunas antes só dedicadas às pinturas de conceituados artistas. 

1. Rhein II, de Andreas Gursky (1999)

Valor: US$ 4,3 milhões
Em 2011, o alemão Andreas Gursky estabeleceu um novo recorde mundial ao ter uma de suas fotografias vendidas em um leilão por mais de 4 milhões de dólares. A imagem do rio Reno, na Alemanha, registrada em 1999, tem dimensões avantajadas (mede 3,5 m x 2 m) e integra uma série de seis fotografias – quatro delas em museus como o MoMA, em Nova York, e Tate Modern, em Londres.

2. Sem título #96, de Cindy Sherman (1981)

Valor: US$3,89 milhões
Em 2011, a venda de um dos trabalhos da fotógrafa e cineasta Cindy Sherman por quase 4 milhões de dólares garantiu à obra da artista norte-americana o título temporário de fotografia mais cara do mundo.

3. Dead Troops Talk, de Jeff Wall (1992)

Valor: US$3,6 milhões
O título pode causar confusões: apesar do nome completo de Dead Troops Talk (A vision after an ambush of a Red Army patrol, near Moqor, Afghanistan, winter 1986) – “Tropas mortas conversam (Uma visão após uma emboscada de uma patrulha do Exército Vermelho, perto de Moqor, Afeganistão, inverno de 1986)” – a obra do canadiano Jeff Wall não se trata de um flagrante real de um momento surreal. A imagem, que apresenta soldados ensanguentados encarando o horror da própria morte, foi criada em estúdio, com atores, em 1992. Medindo mais de 4 metros de largura, a fotografia é considerada uma crítica à energia destrutiva e insensatez da guerra e é um dos trabalhos mais famosos de Jeff Wall. 

4. Untitled (Cowboy), de Richard Prince (2001-2002)

Valor: US$3,4 milhões
A venda da imagem sem título de um cowboy produzida pelo pintor e fotógrafo norte-americano Richard Prince por mais de 3 milhões de dólares em 2007 foi surpreendente – afinal, são poucas as “refotografias” que conseguem atingir um valor tão alto. O trabalho de Prince é uma reapropriação: frente às suas câmeras não estava um homem de bota e chapéu, mas sim as páginas de uma revista com os icónicos anúncios dos cigarros Marlboro. Usando uma série de estratégias (como desfoque, cortes e ampliação), o artista intensifica os artifícios das fotos originais, “minando a aparente naturalidade e inevitabilidade das imagens, revelando-as como ficções alucinatórias dos desejos da sociedade”, avaliam os curadores do Metropolitan Museum.

5. 99 cents II, de Andreas Gursky (2001)

Valor: US$3,3 milhões
A quantia paga pela fotografia do alemão Andreas Gursky não é impressionante apenas por seu valor absoluto: ao ser arrematada em 2007 por um comprador anónimo, mas também porque foi a primeira fotografia a ser vendida por mais de 3 milhões de dólares.

6. Chicago Board Of Trade III, de Andreas Gursky (1999-2000)

Valor: US$3,3 milhões
Uma venda milionária parece apropriada para um retrato do centro financeiro mais antigo dos Estados Unidos. Chicago Board of Trade III, que foi a leilão em 26 de julho de 2013, é o mais recente recorde para o currículo do conceituado artista alemão Andreas Gursky. A fotografia, que lança um olhar ao caos do mercado financeiro, faz parte de uma série com outras cinco imagens – e uma delas já havia sido arrematada por 2,3 milhões de dólares.

7. The Pond—Moonlight, de Edward Steichen (1904)

Valor: US$2,9 milhões
Até aquele momento, a venda de uma fotografia nunca havia ultrapassado a marca de 1,4 milhões de dólares. Mas a fortuna paga em 2006 por uma das três cópias de uma obra produzida pelo fotógrafo Edward Steichen parece até razoável. O artista, nascido em Luxemburgo e criado nos Estados Unidos, teve uma carreira marcada por inovações técnicas, dirigiu o Departamento de Fotografia do Museu de Arte Moderna de Nova York e foi um dos primeiros a defender uma revolução estética que considerasse a fotografia um meio de expressão e interpretação e não apenas um meio de registro documental. Além de bela, sua fotografia recordista é pioneira: seus tons são obtidos por meio da autocromia, método anterior à primeira técnica difundida de fotografia em cores.

8. Los Angeles, de Andreas Gursky (1998)

Valor: US$ 2,9 milhões
“As gigantes e panorâmicas imagens de Gursky – algumas com mais de seis metros – têm a presença, poder formal e, em diversos casos, a aura majestosa das pinturas de paisagens do século XIX, sem perder o imediatismo meticulosamente detalhado próprio da fotografia”, escreveu o crítico da revista New Yorker, Calvin Tomkins. A  obra  Los Angeles, imagem panorâmica da cidade dos Los Angeles que mede mais de 3 metros de largura, foi arrematada em 2008.

9. Sem título #153, de Cindy Sherman (1985)

Valor: US$2,7 milhões
Parece a cena de um crime, mas não é, Cindy Sherman é a protagonista de grande parte de suas obras. A artista, nascida em Nova York, incorpora frente às câmeras diferentes personagens criadas a partir da profusão de imagens a que temos acesso diariamente, e é amplamente admirada por o seu posicionamento questionador sobre a representação mediática da mulher. Cindy Sherman é também a responsável por toda a composição das personagens, desde a maquilhagem à escolha dos figurinos. Este seu trabalho foi arrematado em um leilão realizado em novembro de 2010.

10. Billy the Kid, autor desconhecido (1880)

Valor: US$2,3 milhões
Ao ser levada à leilão em 2011, as estimativas eram de que a fotografia – um ferrótipo considerado o único registro autêntico do icónico fora da lei Billy the Kid, que morreu aos 21 anos – fosse vendida por cerca de 400 mil dólares, mas o registro em placa de ferro arrematou mais de 2 milhões. O comprador foi o milionário William Koch, que levou para casa a fotografia pela qual, reza a lenda, Billy pagou 25 centavos em 1880.

Fonte: Art Sales Index

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